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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Estrada vazia


Entrei em um mundo de pensamentos. Muitos incertos, e como da primeira vez que disse pra sempre lembrei que anteontem eu repetiria a mesma palavra. Havia uma dor incontrolável e um desejo esperado de encontrar algum olhar. Fiquei submisso a todas as promessas e como um tropeço depois do outro foi assim que procedeu.
Tinha tantas drogas, tantas incertezas, haviam muitas duvidas, algumas me escorriam duas lágrimas todos os dias sem parar. O que há dentro dessa pele, aonde o pensamento já não descobre mais, a razão não explica. Era o caminho entre o nada, e esperar que o mundo achasse a solução que sempre procurei.
Deixei tudo ir tão de repente, e não foram anos que passei para rever tudo novamente, foi questão de meses, ou talvez dias. A tempestade esqueceu-se de cair e eu a empurrei profundamente para que a dor não fosse constante. Terminei de me machucar entre todos esses empurrões. Eu tive pressa de que todas as coisas mais esquisitas do mundo se resolvessem, mas na verdade a coisa mais estranha seria a solução.
Espero que o tempo mude que o sorriso pare de chorar, que as folhas voltem a cair como sempre. Espero que diante de um passo encontre dois, e que um deles seja o certo para uma nova caminhada. Espero, já nem sei mais os dias e todas as terças eu penso que o final está chegando. Já foi o tempo em que era tudo tão azul.

Uma peça está faltando e eu vivo meus dias procurando-a entre os escombros.