Entrei em um mundo de pensamentos. Muitos incertos, e como
da primeira vez que disse pra sempre lembrei que anteontem eu repetiria a mesma
palavra. Havia uma dor incontrolável e um desejo esperado de encontrar algum
olhar. Fiquei submisso a todas as promessas e como um tropeço depois do outro
foi assim que procedeu.
Tinha tantas drogas, tantas incertezas, haviam muitas
duvidas, algumas me escorriam duas lágrimas todos os dias sem parar. O que há dentro
dessa pele, aonde o pensamento já não descobre mais, a razão não explica. Era o
caminho entre o nada, e esperar que o mundo achasse a solução que sempre
procurei.
Deixei tudo ir tão de repente, e não foram anos que passei
para rever tudo novamente, foi questão de meses, ou talvez dias. A tempestade esqueceu-se
de cair e eu a empurrei profundamente para que a dor não fosse constante. Terminei
de me machucar entre todos esses empurrões. Eu tive pressa de que todas as
coisas mais esquisitas do mundo se resolvessem, mas na verdade a coisa mais
estranha seria a solução.
Espero que o tempo mude que o sorriso pare de chorar, que as
folhas voltem a cair como sempre. Espero que diante de um passo encontre dois,
e que um deles seja o certo para uma nova caminhada. Espero, já nem sei mais os
dias e todas as terças eu penso que o final está chegando. Já foi o tempo em
que era tudo tão azul.
Uma peça está faltando e eu vivo meus dias procurando-a
entre os escombros.