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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Palavras São Como Feridas

As coisas sempre faziam sentido. Houve um momento aonde tudo estava vazio, te criei na minha imaginação de um jeito que cada palavra que avistava era um golpe que a vida me trazia. Tuas palavras me machucaram, e eu me perdi ao te ver como nunca pensei que fosse possível. A vida te criou de um jeito aonde tuas semelhanças se pareciam com o mundo.
Eu acordei em questão de segundos após algumas frases mal ditas. Foi como partir o órgão que dava a vida, que renascia o sorriso mais belo. Foi aonde encontrei a tua verdadeira identidade. Eu jamais pensei que a vida poderia te causar tanta dor.
Era desse jeito que tu tocava a tua história, mas sempre querendo um pouco mais de atenção, de todos os outrem. A minha vida, era a tua, e a tua era apenas saber viver ao redor de todos. As diferenças nos união, e por nos unir eu pensei que jamais a guerra iria acabar. Foi por questão de segundos que meu sorriso evaporava, ao ver tuas palavras.
Eu me acostumei em querer a atenção que só tu sabia me dar. Eu me acostumei em ver o sol se por, junto a ti. E lá pelas tantas da madrugada, a lágrima surgia, e a tua frase, seria como uma faca ferindo meu peito. Volta, esquece o mundo lá fora, pega na minha mão. Eu só preciso que tu diga o quanto tu precisa de mim, eu só preciso que tu venha, eu só preciso ir embora da escuridão.

Era teu nome que me fazia pensar mais em nada. Não larga da minha mão.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Acaso do Erro

Porque não eu? Já se fazia o tempo de estar mudando de fase. Era tarde, e talvez a noite já chegara e o pensamento frustava. O medo me impediu tantas coisas, que no momento eu já imaginaria a cena se repetir. E talvez esse fosse o erro. O medo era maior, ele me assombrava tantas vezes, que me impedia que os teus ouvidos me escutassem.
E o começo sempre foi o mesmo. A direção talvez tenha mudado, o rumo era outro, e lá pelas dez da manhã eu vi teu sorriso sumir, de longe do meu. Procurei fechar os olhos e encontrar em qualquer espelho um reflexo que me dizia que alguém estava ali. Era tormentante imaginar que quem começou isso tudo fui eu.
Talvez eu te quisesse todas as madrugadas vazias. Talvez todas as noites. Talvez eu procurei em outro mundo, alguém totalmente diferente do meu mundo. Era teu errado que me atraia, e por me atrair, decidi não voltar ao teu encontro. Me separei da ilusão, de que as coisas erradas não dão certo e acabam se perdendo em meio a outro caminho torto.
Talvez seja essa a minha maneira de aprender com todos esses erros. E talvez eu nunca aprenda, ou talvez o tempo passe e te faça mudar. Ele já mudou, e meu erro foi não te ensinar a mudar. Corre na mesma ladeira, e não tropeça nas tuas próprias palavras. Quem um dia irá dizer que era tudo tão diferente, e mudou.

Aprender a caminhar, sem procurar saber quem está do outro lado.

Eu me vi assim, perdida na tua imaginação.