O coração apertou o peito, tão depressa que o ar se prendeu.
Foram poucas as vezes que tive os mesmos pensamentos, os mesmos empurrões. A dúvida
era maior que o sonho. O ar poluído se espalhou todo instante que eu tentei
respirar. Eram incontroláveis todos os caminhos e todas as estradas vazias
querendo atrair a solidão.
Mataram-se os sonhos, os desejos, as ideias. Esqueceram-se
do amor de primavera. O ar jamais permitiu que desse mais um passo rumo ao
primeiro lugar. Entrei naquela sala escura, por algum tempo, e de lá, sai sem
nenhuma direção. Para onde foi parar as promessas?
Joguei-me do sexto andar tão depressa. Esqueci-me de cair, e
no meio a tempestade gritei baixo, e não permiti que meu sufoco se espalhasse
em outras mãos. O roteiro acabou e vivo os dias tentando encontrar a força para
não deixar a tempestade se armar. A dor já foi menor, o mundo é muito grande
para viver tentando respirar.
O medo cega os nossos sonhos.