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domingo, 8 de dezembro de 2013

Acaso do Erro

Porque não eu? Já se fazia o tempo de estar mudando de fase. Era tarde, e talvez a noite já chegara e o pensamento frustava. O medo me impediu tantas coisas, que no momento eu já imaginaria a cena se repetir. E talvez esse fosse o erro. O medo era maior, ele me assombrava tantas vezes, que me impedia que os teus ouvidos me escutassem.
E o começo sempre foi o mesmo. A direção talvez tenha mudado, o rumo era outro, e lá pelas dez da manhã eu vi teu sorriso sumir, de longe do meu. Procurei fechar os olhos e encontrar em qualquer espelho um reflexo que me dizia que alguém estava ali. Era tormentante imaginar que quem começou isso tudo fui eu.
Talvez eu te quisesse todas as madrugadas vazias. Talvez todas as noites. Talvez eu procurei em outro mundo, alguém totalmente diferente do meu mundo. Era teu errado que me atraia, e por me atrair, decidi não voltar ao teu encontro. Me separei da ilusão, de que as coisas erradas não dão certo e acabam se perdendo em meio a outro caminho torto.
Talvez seja essa a minha maneira de aprender com todos esses erros. E talvez eu nunca aprenda, ou talvez o tempo passe e te faça mudar. Ele já mudou, e meu erro foi não te ensinar a mudar. Corre na mesma ladeira, e não tropeça nas tuas próprias palavras. Quem um dia irá dizer que era tudo tão diferente, e mudou.

Aprender a caminhar, sem procurar saber quem está do outro lado.

Eu me vi assim, perdida na tua imaginação.

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